Mesmo sendo menina
que já não tinha mais idade para fazer bico e cara feia, fiz!
Por dias travei um suicídio fictício.
Me jogar da primeira ponte? Não. Isso não. Deus me deu um câncer e não asas.
Ué...câncer? Nem havia feito a tal da biopsia e eu bati o martelo decretando o juízo. Embriagada de medo talvez.
Hora de dormir, uma pausa pro fôlego. Como odiava aquele silêncio. Cabeça vazia é obra do diabo.
Por dias travei um suicídio fictício.
Me jogar da primeira ponte? Não. Isso não. Deus me deu um câncer e não asas.
Ué...câncer? Nem havia feito a tal da biopsia e eu bati o martelo decretando o juízo. Embriagada de medo talvez.
Hora de dormir, uma pausa pro fôlego. Como odiava aquele silêncio. Cabeça vazia é obra do diabo.
Por horas alimentava meus monstros. E eram, aliás ...
são tantos! Pela manha me esgotava.
Saber que tem gente com uma conta bancária mais ferrada que a sua ou uma dor de cabeça mais forte que a sua te
deixa mais conformado?
Não. Então dá licença que eu vou chutar o balde.
Confesso que mesmo lúcida de todo o avanço da medicina, todos os
aparatos que tinha a minha disposição, não ignorei a ideia de morte. E isso não
é passageiro coisíssima nenhuma!
A morte se torna uma pulguinha na sua orelha. Mas dá pra
ignorar.
E a vaidade, onde fica? Depois dedico uma postagem pra esse
assunto. Muito polêmico falar disso...
Querendo ou não estava preste a ganhar uma cicatriz nada discreta
e uma careca provisória.
Me ver tão blasé deixou todos preocupados!
- Anna! Não se entrega, pensamento positivo! Se você ficar assim não vai melhorar..
PARA! Não acha que é maldade de mais falar uma coisa dessa? Como se o meu estado de espirito fosse determinar o resultado daquele exame?
Esse fardo não!
Vamos a biópsia.
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